Busquei informações com quem havia cruzado as fronteiras por terra (ônibus, carro ou a pé).
Eu havia chegado, do Brasil, à América Central, quatro dias antes, por San José, na Costa Rica.
Ainda conforme estas orientações, em blogs de viajantes, tomei conhecimento da necessidade de envio de um determinado formulário, às autoridades do país, com uma semana de antecedência, para agilizar o trâmite de imigração.
Minha entrada seria pelo posto fronteiriço de Peñas Blancas.
Além de baixar o formulário que estava no blog e enviar para o e-mail indicado, entrei em contato com a embaixada da Nicarágua no Brasil e, depois de vários dias, me responderam que desconheciam o procedimento e o formulário.
Mas eu insisti, e eu acho que o funcionário do consulado se interessou um pouco mais e encontrou tal formulário, me enviando, em anexo, por e-mail, o documento - mas sem orientar com o preenchimento e sem me orientar também sobre o prazo para enviar.
Voltando ao documento baixado do blog, o imprimi, preenchi, escaneei e enviei para o e-mail das autoridades, os dois e-mails indicados.
Dentre outras informações, eles perguntam o teor de sua visita, qual a data de entrada, qual a data de saída, quais as cidades que ira visitar, quais os postos aduaneiros que serão atravessados .... lembrando que minha entrada e saída seriam terrestres.
Em poucos dias, o Governo da Nicarágua me respondeu ter acusado o recebimento da solicitação e, analisado o pedido, me informaram que o processo de entrada e saída no país seria agilizado pois eu estava em situação positiva, regular, para viajar para lá.
Me orientaram a ficar atenta ao meu e-mail porque este seria meu canal de contato com eles .... no caso de necessidade.
Na prática, tudo ocorreu um bocado diferente e cheguei mesmo a pensar, que eu não entraria no país.
Paga-se uma taxa (municipal) de 1 dólar e mais 12 dólares americanos, para se entrar na Nicarágua.
Fui ao balcão onde uma policial me pediu o passaporte e começou o questionário de rotina.
Olhou daqui, olhou dali ... perguntou o que eu estava fazendo ali, qual era a razão da minha viagem, se eu tinha condições financeiras para permanecer no tempo solicitado (ela pediu para ver o dinheiro), quantos dias eu ficaria, quais as cidades eu visitaria, se eu conhecia alguém na Nicarágua, se eu viajava sozinha ?
Daí eu respondi a tudo e informei que havia preenchido e enviado aquele formulário às autoridades, dentro do prazo e antes de começar minha viagem.
Inclusive aleguei o recebimento de resposta do governo, e que minha situação havia sido analisada, estando apta a visitar o país.
Sei que ela não estava convencida e pediu verificar a reserva feita em hoteis/hostels para todas as cidades que eu iria visitar e, que por sorte, de fato eu havia reservado, e tinha imprimido uma cópia de cada reserva.
Ela levou o passaporte, todas as cópias de reserva, lá para dentro e me fez esperar por mais uns 20 minutos ....
Sinceramente eu estava preocupada !!
Mas ela retornou com uma postura completamente distinta da anterior, estava mais leve, senti até que "quase" me pedia desculpas ... só faltava essa !! rs
Paguei o total de 13 dólares e recebi meu passaporte, carimbado pela imigração nicaraguense .... ah, que bom, o susto passou, eu estava oficialmente na Nicarágua !!
E assim, tendo atravessado a fronteira a pé, troquei alguns dólares por córdobas e tomei meu primeiro transporte público, do lado nicaraguense .... sim , os ônibus aqui são daquele tipo que eu já havia lido .... escolares !!
Estive lá em dezembro de 2018 !!
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