domingo, 25 de agosto de 2019

Diário de Viagem .... Juiz de Fora !!

Já fazia uns 5 anos que eu queria visitar a cidade mineira de Juiz de Fora.  
 Não sei bem o por quê pois ela nem mesmo é uma referência turística de Minas Gerais. 
Mas saber que ela é conhecida como a mais carioca das cidades mineiras e mais próxima da capital fluminense  do que de BH, atiçaram a minha curiosidade. 
E consegui um anfitrião. 
Poder a oportunidade de comer um pãozinho de queijo, em plena Minas Gerais ?
E isso me fez por a minha visita, num calendário. 
Seria no mês de agosto mesmo, no inverno, ciente de que a temperatura em MG é, em qualquer cidade, mas amena do que no RJ. 
E desta forma me programei para fazer a viagem de somente 3 hs de duração, de ônibus, num final de semana.  
A ida me custou em torno de R$ 46,00  e a volta, R$ 70,00, ambas pela Viação Útil.  
Cheguei lá a noite pois fui após meu turno de trabalho. Minha anfitriã combinou de me buscar lá e logo chegou.  
Juiz de Fora estava com 11 C.  
Chegamos a sua casa que fica, exatamente, do outro lado da cidade. 
Se eu tivesse descido na outra parada (a primeira), no Shopping Independência, a pé, chegaria a casa dela em cinco minutinhos.  A casa é bem aconchegante e o quarto dela ficou todinho pra mim pois, por conta do tratamento que sua mãe está realizando, ela não está dormindo em casa, nos últimos seis meses.  
A casa ficou todinha para mim, o banheiro, a cozinha bem equipada e ela ainda disse que eu poderia usar o que quisesse, das estantes, da geladeira, mas claro que eu iria abusar da generosidade dela.   
Antes de sair, a menina me informou a senha do wifi. 
As chaves ficaram comigo. 
Dormi por volta de 1 hora da manhã. 
No dia seguinte, como dica que recebi, iria visitar o Parque da Lajinha e o observatório da UFJF.
Juiz de Fora, 17 de agosto de 2019.
Acordei e tomei um café da manhã com leite e cereais e sai. Fui caminhando  até o lindo Parque da Lajinha, uns 20 minutos. A entrada é grátis, um passeio dentro da mata atlântica.
 Tem um lago gigante, um coreto, uma estufa, um campo de esportes, junto a um palco, dois bondes protegidos do tempo, que chegaram a funcionar que foram aposentados.  
Muita gente vai para lá para se exercitar .... fazer picnic, passear com as crianças e os seus "pets", etc. 
Depois eu voltei para a casa e saí  em seguida para o observatório da UFJF. 
Antes fiz contato para combinarmos o almoço que ficaria entorno doas 14 horas. 
E fui à UFJF por conta de uma corrida, a "Maratona Duque de Caxias" , nada estava aberto no campus .... nem o observatório, nem o Jardim Sensorial, que me foram indicados. 
Mas  havia muita gente lá, passeando com as crianças, com seus carrinhos motorizados, nos brinquedos do parquinho, nos brinquedos do parquinho, nas gramas, aproveitando o belo dia de sol e, é claro, também para retirar o kit, para quem vai participar da corrida. 
Voltei para a casa e pus meu celular e a câmera para carregar um pouquinho pois depois de almoçar, vamos ao Mirante do Morro do Imperador ou Morro do Cristo, para contemplar Juiz de Fora lá de cima.
O plano para depois é visitar o Jardim Botânico, que foi reaberto recentemente.
Quase fomos a um restaurante vegetariano, mas eu preferi algum restaurante comum, de comida comum, normal, mas com self-sevice.

E comemos bem, num lugar que a minha amiga mineirinha costumava ir. 
Depois pegamos duas amigas dela, subimos de carro no desafio próximo.
No mirante, encontramos uma linda festa de casamento, muita gente bem vestida e flores, muitas flores.
A vista lá de cima é bem bacana e com a baixa do sol, a temperatura caiu rapidamente. 
Ah, o que achei legal é que durante este caminho até o mirante, são retratadas as 14 estações da vida sacra, em pequenos momentos metálicos.
Infelizmente, alguns estavam danificados.
Daí, depois de visitar o mirante e a escultura do Cristo, do alto de um pedestal (inaugurada em 1906) descemos e pensávamos em visitar o Jardim Botânico, mas infelizmente, ele se encontra fechado aos sábados e a minha chance será ir amanhã, no domingo.
Também aconteceu da mãe da minha anfitriã chamar por ela, dizendo estar com fome.
Eu queria muito conhecê-la e lá fomos juntas, ver como a sra. Mônica está.
Ela está se recuperando e já perdeu muito peso desde o início do ano.
Queria comer pizza que logo fomos buscar pra ela ... por sinal, estava uma delícia. 
Daí, saímos para ver o pôr do sol no mirante, nos limites de uma auto-estrada, de uma BR.
Fomos brindadas com um espetáculo da natureza, de um pôr do sol de cores inigualáveis .... foi bonito demais da conta, como dizem os mineiros !!
Depois fui deixada em casa, onde me banhei e fui dormir mais cedo.

Juiz de Fora, 18 de agosto de 2019.

Último dia em Juiz de Fora .... acordei cheia de gás.
Saí logo para o centro , a pé depois de deixar minha mochila preparada.



Meu ônibus vai deixar a cidade às 17:30 hs.
Passei ao longo da Avenida Itamar Franco, antiga Avenida da Independência, até chegar à Catedral de Santo Antônio.

Cheguei bem na hora da missa e não deu para dar uma volta para fotografar os detalhes do templo.
Tem um domo belíssimo e a parte principal da igreja, estava em restauração, coberta com um tapume.
Daí segui para o Parque Halfeld.
É um espaço bem interessante e é uma pena que esteja tão abandonado ... me lembrou, em escala mini, a Quinta da Boa Vista,  do Rio de Janeiro.
A Igreja de São Sebastião fica bem na frente do Parque Halfeld. 
Bem perto dali está o mural "Quatro Estações" e "Cavalos" de Cândido Portinari.
Ficam na fachada do edifício modernista do Clube de Juiz de Fora ... o primeiro, com seus impressionantes 4,48 metros de altura e 7,95 de largura.
Juiz de Fora é a única cidade brasileira a contar com painéis a céu aberto do artista.
E pelo centro da cidade encontramos um prédios bem interessantes. 
O Cine-Teatro Central foi inaugurado em 30 de março de 1929, sendo uma das primeiras referências locais `influência do art déco.
Bonito o prédio do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, na foto abaixo ... o pioneirismo deste empresário, que veio de Curvelo (MG) para Juiz de Fora em 1822, impulsionou o crescimento industrial da cidade.
Alguns momentos da exposição numas das salas deste centro cultural:
  
  
O espaço é bem grande mas apenas duas salas estavam abertas.
A entrada é gratuita e dei sorte pois, mesmo numa tarde de domingo, o centro cultural já estava prestes a fechar. 
Também porque a cidade abrigava um evento LGBT, pela diversidade, de um modo geral, chamado Rainbow Fest, muitas de suas atrações nem abriram, ou abriram em horário diferenciado.


 Outro lindo cartão postal da cidade é a antiga estação férrea de Juiz de Fora.
Ela foi inaugurada em 1875 e abriga o Museu do Trem.
A Praça da Estação, na frente do lindo edifício da Estação de Trem de Juiz de Fora .... já foi palco de grandes manifestações e comícios políticos, também possui um dos mais belos conjuntos arquitetônicos de Juiz de Fora, com prédios centenários, em sua grande maioria de estilo clássico.
Na foto de cima, numa das pontes sobre o Rio Paraibuna !!

O que havia ficado faltando era visitar o Jardim Botânico, porém, como foi reaberto recentemente, a quantidade de gente para a visitação é imensa.


Imensas são as filas que se fazem à sua entrada e não teria tempo nem de entrar nele pois já seria a hora de seu fechamento, às 17:00 hs.

Deixamos para uma próxima vez em Juiz de Fora.

Fomos então, para me despedir da cidade, visitar as modernas estruturas do Colégio Militar de Juiz de Fora !!