terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Trilha no Monte Aghá !!

Não vou negar de que o que eu mais queria, em aventura, ao visitar Piúma, era subir o Monte Aghá.
Tudo bem que acabei viajando num dos mais tristes finais de semana do litoral e serra sul do Espírito Santo.
Choveu demais, muitas cidades foram devastadas por alagamento com perdas não só materiais, como humanas.




 Chegamos a uma área que estava alagada pelas últimas chuvas ... hectares e mais hectares debaixo d'água ...
Depois começamos a subida ...na foto, o casal e dois filhos, a família que quase nos acompanhou na aventura.
Mas essa chuva foi tristeza só !
A mais afetada foi a região de Iconha.
Em Piúma, ruas parcialmente alagadas e aquele friozinho.

Minha expectativa de subir os 340 metros do Aghá estava bem esvaziada quando cheguei lá.
Mas faria o que tivesse de possível.
Assim, torcia para que em três dias, em terras capixabas, o tempo melhorasse.

O segundo dia, dos três, abriu alguns momentos de sol intenso e fomos para a praia.
O terceiro dia estava nublado, mas sem chuvas, e meus amigos concordaram e fazer minha vontade e partir para a aventura.
Desta forma chegamos a uma área de estacionamento junto a uma espécie de fazenda ou haras.
O Monte Aghá se encontra na divisa dos municípios de Piúma e de Itapemirim, no sul do Estado do Espírito Santo.
Sua forma piramidal, quando observada de frente é o principal cartão postal da cidade.
A entrada para a trilha do Monte Aghá estava mais uns 1,20 km a frente.
Encontramos uma família (casal e dois filhos pequenos) que também estava indo para o topo do monte.
É uma estrada de terra, cercada de árvores frutíferas, como jaqueiras, mamoeiros e até pés de acerola.

Tem uns belos cenários com montanhas e vaquinhas, uma área alagada pela chuva, um verdadeiro painel austríaco ... dava até para gravar a "Noviça Rebelde" ali.
E começamos a subir, então.
A família às vezes ultrapassava a gente, às vezes a ultrapassávamos.
Meus dois amigos já haviam se aventura antes, mas somente um a tendo concluído, chegado ao topo.
O outro ficou num dos mirantes, lhe faltou o fôlego.








Desta vez,  ele também chegaria ao topo ... nós três chegaríamos ao topo.

Assim encaramos alguns momentos de lamaçal, de umidade de solo, e pedras escorregadias ... além da mata que tende a ficar mais fechada quando chove bastante.
É que o mato e a vegetação, em geral, dão uma crescida em períodos chuvosos.

E como tinha daquele mato de campo (elefante) que é exótico em nossas matas e que corta que é uma "beleza" ... inclusive cortou minha mão.
Tem trecho da trilha que é em mata bem aberta, outros em mata fechada.

Filtro solar é indispensável, assim como repelente.
Ainda bem que os insetos, normalmente, não me molestam muito.

Ao longo da subida fizemos algumas paradas .... às vezes para contemplar, às vezes para descansar.
É previsto o tempo de subida de 1:30 hs a 2:00 hs .... acho que subimos em duas horas, pois paramos para comer amendoim e ficar sentados ... contemplamos bastante, mais do que paramos para descansar.
Quando paramos no primeiro mirante, onde dá pra ver as praias de Itaipava e Itaóca,  ficamos por us 20 minutos ali.A família se antecipou a nós e já começava a subir a parte final e mais alto da formação rochosa.
Continuamos a aventura e o tempo, ao longe, parecia estar mais fechado.

Assim apertamos o passo para concluímos a trilha .... encontramos o grupo familiar já descendo.
Enfim chegamos ... e que visual !!

O tempo estava meio nublado, mas quando aberto, dizem que é possível admirar Marataízes, do lado direito .... e Guarapari, pelo lado esquerdo.
Não deu pra observar a melhor imagem, mas deu para reconhecer as duas cidades, em cada extremo.
Coisa linda demais !!
Infelizmente, na semana anterior, aconteceu um incêndio numa das partes do Monte Aghá, de pequenas proporções, mas que assustou.
Um grupo de turistas estava lá encima e parece que até a prefeitura se mobilizou para resgatá-los, com segurança.
Li que existem diversas espécies de orquídeas lá encima, mas infelizmente, não vi nenhuma.
Tem muita bromélia, umas pequenas palmeiras, samambaias, aquele mato de campo (elefante), alguns arbustos ... tinha um pezinho de maracujá.
Encontramos parte da vegetação que foi carbonizada, cinza e pedra queimada.
Encontrei uma banana completamente assada.
Possivelmente foi esquecida por algum visitante e acabou sendo queimada.
Estendemos uma canga e deixamos o tempo correr frouxo ...
Durante uma meia hora o cume do Monte Aghá foi completamente nosso !!
Fizemos muitas, muitas fotos lá encima.
Com o céu carregado sobre nossas cabeças, iniciamos a descida.
Ainda encontramos um casal que estava subindo.
A descida foi mais fácil (sempre é) e pude fotografar até uma linda borboleta.

Quando já estávamos praticamente aos pés do monte, o casal que havia subido depois de nós, estava descendo correndo.
Nesta altura, já começamos a escutar os estrondos de trovões da tempestade que se aproximava.
Parece que a coisa ia ficar feia e ficou mesmo ... pois lá de baixo, depois de nos afastarmos do local, uma densa nuvem cobriu toda a metade superior da montanha.


Concluímos ligeiros o percurso até o carro, pegando antes, duas jacas bem cheirosas que pedimos a um funcionário do sítio.
Foi entra no carro para a chuva desabar ... até raio, durante o dia, pudemos ver.
E os trovões foram ficando cada vez mais fortes.
Paramos para esperar o vendaval passar num comércio de pamonhas.
Enquanto estivemos ali, deu para ver as nuvens baixarem sobre a metade superior do Monte Aghá.
Que sorte a nossa ... saímos na hora !!
Foi um lindo passeio e uma das melhores recordações que terei desta linda cidade capixaba ... e, claro, que este passeio não teria sido tão bom, se eu não tivesse as companhia de dois amigos queridos !


Estivemos lá em janeiro de 2020 !!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Santuário Nacional de José de Anchieta

São José de Anchieta morreu aos 63 anos, na aldeia de Reritiba, fundada por ele no litoral sul do Espírito Santo, a 80 km de Vitória. 
Mais tarde, a aldeia tornou-se cidade e foi honrada com o nome do santo. 
Hoje, igreja de Nossa Senhora da Assunção, construída pelo apóstolo do Brasil juntamente com os índios, passou a integrar o Santuário Nacional de São José de Anchieta, um conjunto arquitetônico do período colonial do Brasil que reúne também a praça da Matriz e o Museu São José de Anchieta.
A Igreja Matriz Nossa Senhora da Assunção foi construída entre os séculos XVI na chegada do padre Anchieta com os indígenas da região. 
Os índios construíram a igreja e a cela (quarto do padre Anchieta) onde ele morreu.
O Conjunto Jesuítico de Anchieta destaca-se pela importância que teve no processo de inculturação religiosa dos índios puris e tupiniquins, conduzido pela Companhia de Jesus, no tempo da Colônia, modelo considerado pioneiro no Brasil.
Mas também por ter sido o lugar onde o padre José de Anchieta passou os últimos anos de sua vida.

Em 1943, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, reconhecendo a relevante importância deste monumento para a Memória Nacional, promoveu seu tombamento.
Em 2014, com a canonização de São José de Anchieta, o Santuário ganhou mais atenção de todos. 
Todos os dias, especialmente no dia 9 de junho, milhares de pessoas recorrem ao Santuário para celebrar a memória do Padroeiro e Apóstolo do Brasil.
Em 2015 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou Santuário Nacional o quarto onde o santo faleceu e nomeou São José de Anchieta padroeiro da nação brasileira.
Nossa visita ocorreu no mês de janeiro de 2020 e, por conta de obras de restauração, o espaço do museu estava fechado.
Na foto ao lado, um pequeno fragmento de osso que pertencia ao padre.
Para os católicos, uma verdadeira relíquia.

Mais fotos:






 



Visite o Santuário Nacional de São José de Anchieta ... nós já fomos lá !

Fonte: https://www.santuariodeanchieta.com/o-santuario-nacional-de-sao-jose-de-anchieta/