quinta-feira, 28 de novembro de 2019

A primeira vila do Brasil .... São Vicente !!

Quanto tomei a dianteira para ir para a cidade vizinha, a São Vicente, a primeira do Brasil.
O ônibus que peguei no Centro de Santos, não me deixou no centro histórico, ou na Praia do Gonzaguinha, de São Vicente.
Na verdade, acredito que o rapaz que me atendeu no Centro de Informações Turísticas, em Santos, não entendeu onde eu queria chegar.
Eu queria ao centro histórico de São Vicente e ele disse que, assim como em Santos, as praias ficam de um lado e o "centro" no outro extremo da cidade.
Enfim, fiquei quase meia hora esperando o ônibus de linha 5, conforme sua orientação.
O ônibus percorreu até o litoral de Santos e virou para a direita, nas praias de José Menino e Itararé.
Pouco antes de chegar à Ilha Porchat, ele tomou a Avenida Wilson, uma das principais de São Vicente.
Desci na altura do Supermercado Extra e peguei uma rua na sua lateral, chegando rapidamente, à Praia dos Milionários.
Fui percorrendo a orla em direção à direita, em direção à Praia do Gonzaguinha e ao Centro Histórico .... até que enfim !
Logo observei o Marco Padrão, uma homenagem do governo português aos 400 anos de criação da Vila de São Vicente.
O Marco Padrão comemora a data de desembarque de Martim Afonso de Souza, em 1532, na Praia da Biquinha.
Ele se situa num ilhéu chamado Pedras do Mato.
Aquela coluna de granito tem um significado monumental como um ícone de um vilarejo onde se iniciou a construção da pátria, a Célula Mater da nacionalidade.
Originalmente ele era ligado ao continente, juntinho do Morro dos Barbosas, mas as marés o separaram, consolidando a composição rochosa que podemos apreciar hoje.
Ele está literalmente no meio do mar, instalado naquela ilhota (um conjunto de pedras, como um rochedo) bem no final da Praia do Gonzaguinha.
Assim alcançamos a Praça 22 de Janeiro...
Logo ali, ao lado esquerdo, para quem vem da praia, está a "Biquinha" de Anchieta.
Na sua parte superior (direita), está a Casa de Martim Afonso, parte museu, parte sítio arqueológico.
Era o lugar que eu mais queria visitar em São Vicente.
A entrada é gratuita e funciona das terças aos domingos.  
A parte arqueológica é basicamente um paredão em pedra que resistiu a um avanço do mar, séculos atrás, destuíndo a primeira Vila de São Vicente.
Nem a igreja da vila ficou de pé ...
A edificação (que faz parte da Casa de Martim Afonso) ficou intacta, sua fundação também fica exposta.
Porém a construção foi demolida por seu dono, ficando só uma parede.
O que encontramos hoje, é a segunda vila.
A outra parte do acervo, o museu propriamente dito, está alojada, em uma sala extensa.
O espaço tem fotos, maquetes, vestimentas de época de Martim Afonso e Ana Pimentel (sua esposa, que nunca deixou Portugal e esteve por aqui).
Existe uma visita guiada no local ... mas quando me disseram que os "maias" e os "astecas" estiveram pela América do Sul, em contato com os índios brasileiros, fiquei meio cabreia com as informações que eu recebia.
Tem também alguns mapas, material arqueológico encontrado em escavações (ossos de crânio e dentes, fragmentos de cerâmica e vidro, garrafas, etc.), tem uma bonita espada que faz parte da apresentação que fazem, anualmente, no dia de fundação da cidade, 22 de janeiro.
Sim, todos os anos, na data comemorativa, existe uma apresentação artística de como aconteceu a fundação da Vila de São Vicente.  
Deve ser bem legal ... quem sabe algum dia vou ter a oportunidade de assistir ?
Depois subi para uma quadra acima, onde está a Catedral de São Vicente, a Igreja Matriz São Vicente Mártir.
Estava aberta e fui dar uma olhada nela por dentro.
Logo à frente, na Praça João Pessoa, está o Mercado Municipal e o Parque Cultural Vila de São Vicente.
Neste último foi recriada uma pequena vila como era no tempo dos bandeirantes, bem rustica, o que rende umas boas fotos.
Em dias comuns é um espaço para venda de produtos artesanais, manufaturas, doces diversos feitos em casa, etc.
Vale a pena a visita.
E para se refrescar, nada melhor do que a Biquinha de Anchieta ... com água potável e fresca todo o tempo.
Dizem ela marca o local em que o padre costumava dar aulas de catecismo aos índios e as primeiras letras portuguesas.
Algum tempo depois disso, o padre passou a montar suas peças teatrais próximo dali, de famosos autos, que eram assistidos pelo povo e pelas autoridades daquela época.
Muitos consideram que ali teve o início do teatro no Brasil.
Existe uma escultura, na praça, e um mosaico em azulejo português.
A praça também conta com quiosques de doces e outras delícias, para atrair os turistas.
depois de encher minha garrafinha de água, parti para o pier dos pescadores.
Tem alguns pescadores de fato, em atividade, além da escultura de um pescador negro, já meio depredada, mas que ainda manda seu recado.
Consegue-se uma vista privilegiada da Baia de São Vicente com a Praia do Gonzaguinha, dos milionários e a Ilha Porchat ao fundo.
Somente depois atentei que este era o lugar que alguém me disse ser muito perigoso para caminhar, por causa de assaltos e furtos.
Na hora nem pensei nisso e fui até o pé da ponte.
Assim observei bem de pertinho o Marco Padrão, seguindo mais em mais até chegar à bonita Ponte Pênsil de Dona Maria II, que liga a Ilha de São Vicente ao continente.  
Muito bonita mesmo ... não consegui um ângulo muito bom, por causa da posição do sol, mas gostei das imagens que captei.
A ponte pênsil completou em 2019, 105 anos ... foi inaugurada pelos engenheiros Saturnino Brito e Miguel Presgrave, em 21 de maio de 1914.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Santuário de Monte Serrat .... dedicado à Padroeira de Santos !!

Algumas pessoas desciam o morro, provavelmente indo para o trabalho.
Eu comecei a subir, cumprimentando quem encontrava no caminho.
Estava bem atenta, olhando tudo, porém bem segura do que estava fazendo.

Isso é primordial para quem decide deixar sua zona de conforto.

Viajar é estar em contato com o novo, o desconhecido, estar disponível para o enfrentamento até !!
Assim, lá pelo 100º ou 110º degrau, encontrei uma dupla de rapazes, espiando o movimento de quem subia e descia o Monte Serrat.

Dei bom dia e um deles perguntou se eu tinha horas.

Eu disse que não, mas que devia ser em torno das 07 hs, pois eu havia chegado a pouco na rodoviária e era umas 06:50 hs.
Assim eu continuei subindo  ... fotografando com minha câmera pequena, ao pequenos monumentos que representavam as estações da Via Crucis.
Cada uma destas estruturas estava bem conservada.
Fotografei todas elas.
Assim cheguei a degraus mais acima e mais uma dupla de meninos controlava visualmente o movimento de pedestres.
Não senti medo, mas não é do tipo de coisa que costumo encontrar, nem mesmo na minha cidade, Rio de Janeiro.


Os cumprimentei também e continuei a subir.
Dali eu já via a igrejinha ... estava na reta final.
O santuário tem uma pequena edificação, como uma capelinha, toda colorida em seu portão com aquelas fitinhas, do tipo de Aparecida ou Senhor do Bonfim.
Claro que a igreja estava fechada, àquela hora, mas acredito que ontem deve ter tido casamento ou qualquer evento grande ali .... havia como que um caminho montado, cheio de flores naturais.


Ao lado, um poste indicada a conquista dos 402 degraus de subida ao topo do morro.
Nossa Senhora do Monte Serrat é a padroeira da cidade de Santos e a homenagem a ela é feita no mês de setembro, no dia 8.
Acredita-se que seja uma alusão à Virgem Negra, com mesmo nome, original da Cataluña.
Na época em que os piratas invadiam e pilhavam o litoral brasileiro, deixando para atrás somente um rastro de destruição, a população que habitava a vila, correu morro acima para se proteger.
O pirata que encabeçou a empreitada foi o holandês Joris Van Spilbergen.
O mês era fevereiro e o ano, 1614 ou 1615.
Conta a lenda que quando os corsários começaram a subir o morro, parte deste desmoronou e os soterrou.
Os que saíram com vida, voltaram para sues navios e partiram, para nunca mais voltar.
Esse foi o primeiro milagre e até então, no alto daquele morro tinha uma pequena capela atribuída à uma Virgem do Monte.
Foi apenas em 1954 que a santa (Virgem de Monte Serrat) passou a ser a padroeira da cidade.
Sua coroação aconteceu em uma cerimônia no dia 8 de setembro do ano seguinte.
O lugar é abençoado com uma bela vista de Santos, até a praia de um lado, e até o porto e o estuário, do outro.
Fiz umas fotos lá do alto, descansei uns minutos e comecei a refazer o caminho de descida.
Passei pelos dois meninos, sem falar nada ... e segui, morro abaixo.
Agora falta mais um "controle", aquele com o rapaz que perguntou a hora.
Continuei a descer fazendo as fotos e ele perguntou se aquilo era um celular.
Não ... era uma câmera, disse eu.
Ele perguntou se ela era cara ... eu disse que não, e mostrei a ele.
Perguntou o que eu fazia (trabalho), de onde eu era, o que fazia ali.  
Perguntou se eu fumava maconha.
Associou a isso a cor das minhas pulseiras.
Fiquei ali uns 5 minutos, desenrolando com ele, e depois segui com a descida.
Acredito que eles tenham ficados "bolados" pela minha ousadia de subir o Monte Serrat sozinha.
Também acho que o meu coturno, que é oficial e comprado em loja de vestimenta militar, tenha chamado a atenção.
Mas deu tudo certo !!

O pirata que encabeçou a empreitada foi o holandês Joris Van Spilbergen.
O mês era fevereiro e o ano, 1614 ou 1615.
Conta a lenda que quando os corsários começaram a subir o morro, parte deste desmoronou e os soterrou.
Os que saíram com vida, voltaram para sues navios e partiram, para nunca mais voltar.
Esse foi o primeiro milagre e até então, no alto daquele morro tinha uma pequena capela atribuída à uma Virgem do Monte.
Foi apenas em 1954 que a santa (Virgem de Monte Serrat) passou a ser a padroeira da cidade.
Sua coroação aconteceu em uma cerimônia no dia 8 de setembro do ano seguinte.
O lugar é abençoado com uma bela vista de Santos, até a praia de um lado, e até o porto e o estuário, do outro.
Fiz umas fotos lá do alto, descansei uns minutos e comecei a refazer o caminho de descida.

Santos .... São Paulo !

Então para aproveitar o feriadão de 15 de Novembro fiz algo que já queria há muito tempo ... viajar para a Baixada Santista !
As passagens estavam com preço super bom, R$ 112,00 para ir e R$ 96,00 para voltar pela Viação Útil.
Eu que queria muito, de uns 5 anos pra cá, não poderia perder esta oportunidade.

Fiz a mochila e me programei sair direto do trabalho para a Rodoviária Novo Rio.
Meu ônibus sairá às 19 hs e chegará a Santos por volta das 04:25 hs.
Estarei na casa de um anfitrião de "couchsurfing" e ele viajou no dia anterior para São Paulo e passará todo final de semana fora.

Assim a casa será toda minha por três dias.
Caminhei do Centro até a casa dele (1 hora de caminhada), assim que amanheceu o dia.
Como toda boa "peregrina do Caminho de Santiago de Compostela), poder se exercitar, sobretudo carregando algum peso, é sempre positivo.

E estava tudo fechado, nada a fazer mesmo, nem passar no supermercado.
O rapaz mora próximo ao Canal 5 ... sim, os santistas costumam se localizar, ou indicar endereços , por canais nunca por bairros.
Assim, se você quer ir ao Estádio do Santos, ainda que seja a Vila Belmiro, eles vão dizer que é no Canal 2.
A Praia e bairro do Boqueirão é o Canal 4, e assim por diante.

E cheguei ao meu endereço em Santos antes das 07 horas da manhã.
O dia estava bem chuvoso e achei até feia a praia.
Deixei minha mochila, fiz um lanche rápido, nem troquei a roupa e com guarda-chuva na não sai em direção à Ponta da Praia, onde está o Aquário de Santos, a principal atração da cidade e a estação de "ferry boat" com saída para o Guarujá.


Se caminha bastante até lá ... e voltei por outro caminho, passando pelo Museu Marítimo.
Passei num supermercado e comprei umas coisinhas para os dias que passarei na Baixada Santista.
Voltei para a casa.

Saí de novo agora em direção à Vila de São Vicente.
Passei pelo emissário submarino localizado sob o Parque Municipal Roberto Mário Santini, onde está um símbolo de Santos, a Escultura 100 Anos de Imigração Japonesa, da artista Tomie Ohtake.


Não é novidade pra mim que, fora do Japão, o Brasil é o país onde existe um grande número de nipônicos.
O monumento é lindo, parece uma seda de cor vermelha, balançando com o vento.

É possível visualizá-lo de bem longe ... aquela figura sinuante na beira do mar !!
Além da escultura, o parque tem uma boa pista de skate, um mirante para observar o espelho de mar e os corajosos surfistas, a Ilha de Urubuqueçaba e ao longe, a Ilha Porchat.
Na entrada do parque, uma escultura com um casal de japoneses, em metal, relembra a chegada do primeiro barco dos imigrantes que chegaram à Santos em 1902.
À partir de Santos, muitos deles partiram para o interior de São Paulo se fixando,  sobretudo, na capital do estado.
Tem uma placa comemorativa e até um pequeno pé de cerejeira plantado ali.
Que linda homenagem essa, não ?
Aqui em Santos nem vi tanta gente de olhinho puxado ...
Alguma opções de comer, como quiosques de pizzas, salgados diversos, drinks e pipocas, estão espalhados por ali ... também tem este muro com "asas de anjo" para uma foto inspirada.

Nesta tarde o mar estava muito agitado e assustou (além de molhar, claro) muita gente que estava sentada nas pedras.
Acredito que em um dia de céu aberto, o pôr do sol, dali, deve ser magnífico.

Caminhei mais adiante até a Pedra da Feiticeira, no meio das Praias de José Menino e Itararé.
Cheguei ao início de São Vicente (oba !) mas depois voltei para Santos, pois a tarde já perdia sua iluminação.

16 de Novembro:

O dia hoje amanheceu menos fechado, e na parte da manhã, com algumas aberturas de sol.

Meu planejamento é Centro Histórico de Santos e São Vicente.
Acordei bem cedinho e cheguei à rodoviária antes das 07 hs.
O primeiro desafio era subir os 402 degraus do Monte Serrat.
Ou então poderia aguardar o serviço de teleférico (na foto ao lado) começar a funcionar para subir na molezinha.
Poderia não resistir à tentação.
Mas para a minha sorte, ou não, naquela hora estava fechado ainda.
Mas vocês sabem, este não é o meu perfil.
Somente quando já em Santos, descobri que este é o local onde, anualmente, ocorre aquele evento onde loucos descem a comunidade encima de bicicletas e em alta velocidade.  
O "Mountain Bike Downhill" começou em 2003 e o Brasil tornou-se o segundo país no mundo a efetuar oficialmente uma prova dessa categoria.
Eu já havia conversados com algumas pessoas de como era subir ali, numa comunidade, sozinha.
Ninguém me alertou de algum perigo, mas me indicaram, pelo menos num trecho (subida ou descida) usar o teleférico.
Naquele dia, porém, o teleférico ainda não estava em atividade.
Algumas pessoas desciam o morro, provavelmente indo para o trabalho.
Eu comecei a subir, cumprimentando quem encontrava no caminho.
Estava bem atenta, olhando tudo, porém bem segura do que estava fazendo.

Isso é primordial para quem decide deixar sua zona de conforto.
Viajar é estar em contato com o novo, o desconhecido, estar disponível para o enfrentamento até !!Cada uma destas estruturas estava bem conservada.
Fotografei todas elas.
Fiz uma postagem dedicada ao santuário de Monte Serrat com todas as estações da Via Sacra.
Dali eu já via a igrejinha ... estava na reta final.
O santuário tem uma pequena edificação, como uma capelinha, toda colorida em seu portão com aquelas fitinhas, do tipo de Aparecida ou Senhor do Bonfim.

Claro que a igreja estava fechada, àquela hora, mas acredito que ontem deve ter tido casamento ou qualquer evento grande ali .... havia como que um caminho montado, cheio de flores naturais.
Ao lado, um poste indicada a conquista dos 402 degraus de subida ao topo do morro.
O total é de 157 metros acima do nível do mar.
Subi bem, a respiração regular, não cheguei nem um pouco ofegante ao topo.
Nossa Senhora do Monte Serrat é a padroeira da cidade de Santos e a homenagem a ela é feita no mês de setembro, no dia 8.


O lugar é abençoado com uma bela vista de Santos, até a praia de um lado, e até o porto e o estuário, do outro.
Fiz umas fotos lá do alto, descansei uns minutos e comecei a refazer o caminho de descida.
No "post" do Santuário da Monte Serrat você encontrará detalhes desta visita a este ponto turístico, na cidade de Santos .... e vale muito a pena o ler.
Mas, por fim, deu tudo certo !!
Daí segui para o centro histórico, propriamente dito.
O primeiro passo foi seguir para a Catedral de Santos, dedicada à Nossa Senhora do Rosário.
Ela estava aberta mas estava sendo limpa, não haveria missa no sábado, somente no domingo.
Fica na Praça Patriarca José Bonifácio.
A Biblioteca Societária Humanitária também fica nesta praça.


Na quadra a frente da catedral encontramos a imponente edificação do Teatro Coliseu.
A pedra fundamental da criação da cidade de Santos é o Outeiro de Santa Catarina, na foto abaixo.

O século era o XVI, o ano 1543, quando Luís Góis e sua mulher ergueram a Capela de Santa Catarina de Alexandria, no alto de um pequeno morro.
Junto a esta capela, construíram a primeira Santa casa do País.
Durante muitos anos, o outeiro foi o fornecedor das pedras que calçaram as ruas e ampliaram o porto.
Posteriormente, já no século XIX, construiu-se no local uma espécie de castelinho, que até hoje está de pé.
É que pertencia, então, a João Éboli, que se inspirou nas edificações medievais de sua terra de origem a Itália.

Dali segui para a Casa do Trem Bélico, uma edificação em estilo colonial.
 O nome "trem" tem o fim de englobar todo o tipo de coisa e não propriamente, aquele transporte que desliza sobre os trilhos.
Esta é a única edificação colonial-militar do gênero, em todo o país.
Contém as características setecentistas portuguesas originais e é considerada o mais antigo prédio público de toda a cidade.

Foi construída entre 1640 e 1656 para ser depósito de trem-de-guerra.
Neste caso podemos entender como "trem", as munições, as armas e os equipamentos para proteção da então Vila de Santos contra ataques de índios e piratas, comuns naquela época.
A Casa do Trem Bélico é hoje a sede do Circuito Turístico dos Fortes.
Depois passei em frente do prédio da Alfândega da Receita Federal, na Praça da República.
Tem um monumento dedicado a Brás Cubas nesta praça.
Segui em direção ao Museu do Café, passando pela primeira agencia do banco do Brasil construída fora da capital, que até então era o Rio de Janeiro.
O prédio da Bolsa Oficial do Café é popularmente conhecido por Museu do Café. Apresenta exposições permanente e temporárias, obras de arte, mobiliário de época, loja temática e cafeteria que serve os melhores grãos café.
É um luxo só !
Era neste espaço aconteciam os pregões de café da cidade, ou seja, era ali que as sacas de café, vindas de trem de diversos pontos, tinham determinando seus valores.
Apenas os corretores de café oficiais, cadastrados pelo governo, tinham a entrada autorizada.
À partir dos anos 60 a Bolsa do Café encerrou suas atividades e o prédio caiu em abandono, quase que total.

Somente nos anos 90, o Governo do Estado de São Paulo resolveu restaurar o edifício, transformando-o em um museu. 
E eu farei um "post" exclusivo sobre o que vi na visitação ao Museu do Café.
Aqui você encontra a história do ouro verde do Brasil, conhece a classificação dos grãos, o processo de cultivo, de colheita, de descascar, de secagem, torragem, moagem.Como chegou no Brasil, este grão estrangeiro que se adaptou tão bem aqui, tornando-se o protagonista do Terceiro Ciclo Econômico do Brasil.
Daqui ele se espalhou para outros lugares da América.
Já tivemos o melhor café do mundo, lugar hoje ocupado da Colômbia.
Já fomos o maior produtor do grão, hoje temos o segundo lugar ...
Aqui você pode até o mais caro e raro café do país.

Uma atração e tanto, não?
Nos dias de sábado a visitação é grátis, nos demais dias, custa R$10,00 por pessoa.

Que bom, eu estava ali num sábado ... e depois de deixar a mochila no guarda-volumes e retirar o meu ingresso, entrei num ambiente de altíssimo requinte.
Depois parti para a Rua do Comércio em direção ao Santuário e a Estação do Valongo, e para o Museu Pelé.
Passei em frente da Casa de Frontaria Azulejada e por uns bonitos painéis pintados em muros.
A Casa de Frontaria Azulejada data de 1865, construída para ser ao mesmo tempo, residência e armazém do comendador português Manoel Joaquim Ferreira Netto.
Tornou-se espaço cultural no ano de 2007, para abrigar exposições, eventos beneficentes e espetáculos diversos.
Sua fachada é composta pela soma de sete mil azulejos de alto relevo, importados de Portugal.
A porta principal é tão larga que permitia a entrada de até carruagens no interior da edificação.
Foi tombado pelo IPHAN (Instituto Do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1973.
O Museu do Pelé está instalado dentro de um grande casarão na região do Valongo.
Conta com um acervo rico em documentos, camisas, chuteiras, bolas, objetos que fazem parte da história do considerado Rei do Futebol Mundial.
No local me informaram o valor de preço único para ingresso de R$ 10,00.
Porém num outro site, verifiquei valores diferenciados para estudantes da rede pública, gratuidade para menores de 10 anos de idade, 50% de desconto para todos os visitantes, aos domingos.
Gratuitamente, e para todos, estava o Festival Geek, grande evento de animação que começou no dia 14 e vai até o dia 17 de novembro.
Inclusive, eu soube que teria a presença do ator que interpretou o "Kiko" (Carlos Villagrán Eslava) no programa mexicano do Chaves.
Mas também não visitei.
Da Estação do Valongo partem os bondinhos, daqueles antigos, que fazem um recorrido pelo Centro Histórico,
O tempo era muito curto e eu ainta teria de passar em São Vicente.
O Santuário de Santo Antônio do Valongo (1640) é uma das primeiras igrejas do Brasil e o segundo conjunto mais antigos de Santos.
Sua arquitetura é em estilo barroco, com o interior ornado por paredes revestidas por murais de azulejo dos anos 1930.
No ano de 1859, este conjunto sacro era composto pela igreja, convento e pela Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência.
Parte deste espaço foi vendida para a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí, considerada a primeira do Estado de São Paulo.
Um milagre aconteceu ao tentarem retirar a imagem de Santo Antônio do altar.
A imagem do santo, com toda o esforço que pudesse ser aplicado, não se deslocou nenhum centímetro de seu lugar, o que impediu o desaparecimento da igrejinha, que permanece lá até hoje.
Em 1987 a igreja foi elevada à categoria de santuário.
Sua fachada frontal é composta de três arcos romanos, simétricos às portas-balcões de arco.
Voltei depois para a região da rodoviária e da Praça dos Andradas.
A praça foi o primeiro jardim público de Santos.
A Casa da Câmara e a Cadeia se localizam nela.
Outra atração importante para quem visita Santos, é o Teatro Guarany, também instalado nesta praça da cidade.
Somente pude observar sua fachada.